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segunda-feira, 30 de junho de 2014

A boyband mais bonita do Universo

O meu primeiro blog foi criado para dar conta da necessidade gritante de desabafar a respeito de coisas sobre as quais eu precisava falar até enjoar delas. Às vezes não basta fazer isso com uma pessoa ou duas, porque a intensidade das emoções é tão grande que parece que você precisa falar sobre a coisa em questão durante dias, até seu estado de espírito se acalmar (e ninguém te aguenta!). Este é um desses posts.
Atenção! Esta postagem contém altas doses de fangirlização.


Estive fazendo as contas, e já tem um ano e meio que fui sugada para o universo das novelas/séries asiáticas, os doramas, em especial os coreanos. Apesar disso, fiz o que pude para me manter afastada do K-Pop em geral, porque todo ano são lançados uma porção enorme de grupos de garotos e garotas que se juntam à outra enorme porção de artistas que já tem uma longa e bem sucedida carreira, com CDs e EPs em coreano, japonês e o que mais você puder pensar! Meu cérebro começa a soltar fumaça só de me imaginar tentando acompanhar um ou outro artista, porque nem fazendo força é possível, gente! Portanto, o contato mais próximo que tive com esse tipo de música se restringia às trilhas sonoras dos doramas. Já aceitei o fato de que independente da qualidade do dorama, a trilha sempre é impecável, sempre será baixada, e provavelmente vai ser a única coisa que vou escutar durante uns bons meses.

Talvez o outro motivo que me manteve distante da crème de la crème do Kpop é que se eu gostasse de um artistazinho que fosse, já seria suficente pra dar trabalho. Ser fã de qualquer coisa exige muito tempo e dinheiro, assim como um psicológico blindado para aguentar a montanha-russa emocional que a atividade exige. Eu sinto que já passei dessa fase, sabe? Não que eu acreditasse que eu poderia desenvolver um interesse a ponto de ser prejudicial, já que desde que Harry Potter, a coisa mais próxima de uma obsessão foi a que eu tive pela banda McFly, mas um show foi o suficiente pra me fazer sossegar o facho e acompanhar a banda de um jeito saudável (apesar de eu estar em hiatus desde que o lixo do Above the Noise passou a existir entre nós. A criação do McBusted idem ¬¬). Mas parece que todas as minhas precauções escorreram pelo ralo, porque McFly foi ultrapassado no meu ranking de vícios. Como Harry Potter é hors concours nesse negócio e não conta, acho preocupante ter uma nova obsessão ocupando o primeiro lugar com folga, com muita intensidade, a essa altura da minha vida. Tudo isso em menos de DUAS SEMANAS!

A cilada começou em uma tarde em que eu estava tranquila e sossegada vendo vídeos no canal do Youtube de uma boyband brasileira inspirada em k-pop, o Champs me julguem u.u, quando vi os caras dançando uma música com um vocal muito sexy e com uma coreografia mais sexy ainda. Perguntei para minha amiga que manja dos paranauê e que me falou do grupo, a Rafaela, e ela disse que o nome da música era Mirotic, de um grupo chamado DBSK, conhecido também como TVXQ (China) e Tohoshinki (Japão).


DBSK: Xiah JunSu, Micky Yoochun, Hero JaeJoong oppa, Max ChangMin e U-know Yoonho
Resumindo rapidamente, DBSK surgiu em 2003 com a  a apresentação mais adorável do planeta Terra, três dos cinco integrantes deixaram o barco para formar outro grupo em 2010, e os cinco são considerados os Reis/Deuses/Lendas do K-pop, não importa quantos Super Junior's e Big Bangs apareçam por aí. Além disso, o DBSK tem tem dois recordes no Guiness Book, que é o de celebridades mais fotografadas profissionalmente (+ de 500 MILHÕES de fotos) e o de maior fã-clube (oficial) (o fandom é chamado de Cassiopeia, em homenagem a uma constelação composta por 5 estrelas cujo formato lembra a letra 'W'. Não, não estou te dando essa informação aleatoriamente, você vai precisar dela ainda).

Eu devia ter parado no videoclipe de Mirotic pro meu próprio bem, mas não deu. Não basta dizer que eu gostei muito da música e que pirei na coreografia, eu simplesmente não conseguia parar de assistir ao video, e a necessidade de decorar a música era urgente. Gostei a ponto de querer estar em uma girlband pra ontem O.O! Pensei que seria apenas um amor de uma noite só, mas aí aconteceram três coisas que deram início à minha ruína. 


sexta-feira, 13 de junho de 2014

A problemática ACEDE/ TFIOS


A pior coisa que se pode fazer com expectativas é encubá-las por tempo suficiente para que elas se alastrem por aí mais rápido do que a combinação fogo + gasolina. Eu particularmente sou profissa nessa atividade quando o assunto é a ficção, e a frequência com que quebro a cara com o combo formado por livros, séries e filmes é de uns 99,9%. Tipo o livro A Culpa é das Estrelas. Eu não vivi a experiência transformadora que aparentemente 99,9999...9% dos leitores tiveram com essa leitura, e o saldo final após terminar o livro foi uma cara de tacho e a dúvida se a coisa errada nessa história era eu, não o livro. 

E não pense que o meu lado Do Contra aparece aí de propósito, porque eu queria muito ter amado ACEDE. Eu acompanhei pelas redes sociais o burburinho que o livro causou no seu lançamento nos States, e mais ainda quando foi lançado em terras tupiniquins. Com um nome interessante e uma capa bonita aliadas à comoção criada em torno do livro, foi crescendo uma ânsia dentro de mim que me deixou alucinada para ler algo sem nem saber sobre o que era. Suei por quase um ano até conseguir por as mãos na história da garota com câncer terminal e do garoto futura ex-vítima do câncer, quando uma promoção amiga me trouxe o livro do João Verde, já que bibliotecas e amigos/conhecidos me deixaram na mão no tópico 'empréstimo'. Devorei a história em um fim de semana, dei uma risadinha aqui, um suspiro ali, e uma choradinha pra encerrar a leitura, mas fiquei à espera de uma catarse que nunca veio. Achei a narrativa meio muito arrastada e 'sem brilho', apesar de ter diversas passagens 'quotáveis'. Se um caderno de citações eu tivesse, teria preenchido boa parte dele com diverssas passagens de ACEDE, engraçadas, bonitas e/ou soco no estômago, tem pra todos os gostos, enfim. Mas a pior parte foi não ter me conectado aos personagens e 'ter comprado a briga deles'. Achei a Hazel sem sal e o Gus carismático de uma forma um tanto idealizada e irritante, fazendo com que ACEDE só fosse memorável para se juntar a filmes como Um Amor pra Recordar na minha lista de expectativas MUI-TO frustradas.

Estranhamente, a birra enorme que peguei da história diminuiu consideravelmente quando assisti o primeiro trailer da adaptação para o cinema. A partir daí, de alguma forma eu passei aos poucos a esperar o lançamento do filme, até chegar ao ponto de estar com uma ansiedade incontrolável na quarta feira antes da sua estreia, agoniada porque eu só poderia assisti-lo no fim de semana. Adaptado pelos mesmos roteiristas do filme amor da vida  500 Dias com Ela, a versão cinematográfica de ACEDE foca na convivência entre Hazel e Gus, mostrando os pontos essenciais do livro no que se refere ao relacionamento deles, sem apressar ou se demorar em nada, e excluindo tramas secundárias. Isso torna a história muito mais ágil, thank God, e acho que mesmo o leitor mais fiel vai aprovar essas escolhas. Além disso, trilha sonora é adorável, e as artes gráficas foram bem inseridas ao longo do filme e deram uma graça a mais na execução da história. Apesar disso, o grande trunfo da adaptação foi, nunca pensei que diria isso, a escalação de Shailene Woodley e Ansel Elgort como Hazel e Gus. Olha, eu não gosto muito do livro, mas quis vomitar quando soube quem seriam os atores protagonistas, porque eu nutria uma bela antipatia por Shailene (comemorei quando a Mary Jane foi cortada do novo Homem- Aranha), e imaginava um Gus mais ... talvez bonito não seja a palavra exata, mas fica por aí. Fui surpreendida de uma forma tão positiva que agora quero acompanhar a carreira dos dois. Hazel e Gus foram interpretados com muita verdade, e tanto Shailene quanto Ansel deram um brilho e um carisma aos personagens que ofusca completamente o par insossso da versão literária *se protege das pedras*. Ansel inclusive tornou Gus cinematográfico um pouco mais 'humano' do que o do livro, o que na minha humilde opinião fez toda a diferença, pra melhor. 

Obviamente, o terceiro ato do filme foi pensado de uma forma que arrancasse o maior número possível de lágrimas do expectador, na escolha de músicas, diálogos, a montagem, etc, etc... Infelizmente, nunca saberei se foi eficaz ou exagerado, porque sim, eu comecei a chorar. Pena que as lágrimas desceram com a força que eu estava fazendo para não dar altas gargalhadas das garotas sentadas ao meu lado, que atrapalharam toda a minha experiência com o filme, já que choramingaram o tempo todo, e perto do clímax, pensei que iam começar a gritar dentro do cinema. Eu acho que a principal função de uma história é criar uma conexão com as pessoas, causar sentimentos e sensações, mas gente, não precisa abrir a boca no mundo e ficar se mexendo na cadeira como se estivesse tendo uma convulsão ou algo do tipo. Isso você faz na privacidade da sua casa. >.<

Mas é engraçado pensar que o resultado final , A Culpa é das Estrelas é um daqueles feel good movies, que fazem a gente sair do cinema leve, sentindo um quentinho dentro do peito, sabe? É muito perceptível que o longa foi produzido com muito cuidado e carinho, pegando o que há de melhor do livro e adaptando a trama da melhor forma possível Eu tenho um grande problema com o senhor John Green que rende outro post, e detesto histórias maniqueístas, que se aproveitam de um fator óbvio pra fazer com que o público reaja de determinado jeito, mas gostei tanto deste filme que quis emendar outra sessão do mesmo,  mandar uma banana pro Senhor Verde, e dar um abraço em toda a equipe, especialmente em Shailene e Ansel por serem tão fofos e competentes. Okay?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Trollagem Divina


Já tem algum tempo que a minha relação com Deus não tem andado às mil maravilhas, e a coisa tem piorado conforme 2014 passa, destilando crueldade sem dó. Há alguns anos, passei por uma situação tão tempestuosa que fragilizou tanto a minha crença n'O Cara lá de cima, que o ateísmo se tornou uma opção bem sedutora, porque se Deus basicamente é bondade e justiça pura, um Deus troll como aquele de 2008 só podia ser um impostor, ou então inexistente. Apesar disso, nem fazendo força eu consegui deixar de crer Nele, porque diante de toda a mágoa e revolta que meu coração abrigava naqueles tempos sombrios, essa frustração era expelida da minha mente por meio de pensamentos reclamões e mal criados direcionados justamente para o ser cuja existência eu queria negar.

Foi assim, então, que eu percebi que a crença e a fé em uma força maior não é uma simples questão de escolha, e que imaginar a inexistência Dele é uma mentira bem capenga que eu contaria a mim mesma. Entretanto, apesar de eu ter descoberto que nem fazendo força eu conseguiria ser ateia, isso não quer dizer que o meu relacionamento com Deus-Todo-Poderoso seja livre de crises. Tipo agora. Uma DR tem sido bem necessária aqui, porque esse modelo ‘fala que eu te escuto mas não te respondo’ tá zoado.

Cresci com o pensamento de que se eu quisesse uma coisa e me esforçasse, era só ter paciência e ser uma boa pessoa que o resto ficaria a cargo Dele. Fazer a minha parte, ter fé e andar na linha. Infelizmente, nada disso tem dado muito certo, e chega um momento da nossa vida em que seria legal ver pelo menos UMA realização que seja dando certo. Em meio ao marasmo dessa dita cuja vida adulta em que me encontro, só tenho recebido para tomar um chá mensagens subliminares ironizando a minha 'revolta' perdidas no meio de milhões de piadas sem graças que Deus, o Universo e tudo o mais tem enviado à minha porta. Eu juro, tá dando pra escrever uma sitcom ou roteiros pra comediantes de stand up com tudo isso, sério!

O pior é que eu já disse uma vez que se nada desse certo, eu me tornaria uma comediante de stand up. Será que seria essa mais uma mensagem subliminar do Universo, batendo insistentemente na mesma tecla até eu ligar o desconfiômetro e perceber que nasci para fazer os outros rirem da desgraça alheia? A coisa anda tão bagunçada que poucas coisas tem me parecido uma má ideia, viu?